Logo
que o jogo começou, a primeira surpresa desagradável: o placar eletrônico do
Módulo 1 estava desligado, e teríamos que jogar, mais uma vez, sem ter controle
do resultado e do tempo de jogo, além de não poder verificar caso acontecesse
da mesa se equivocar em algum desses pontos, fato que não é raro na Copa USP.
Durante
todo o decorrer da partida, o que se via era um jogo bastante disputado, sem
nenhuma equipe conseguir abrir mais de dois gols de vantagem. Até que na altura
dos 20 minutos do segundo tempo, quando faltavam por volta de apenas 5 minutos
para o fim da partida, o atleta de RI Tércio Rodrigues se dirigiu à mesa para
saber o resultado parcial, e a resposta gerou grande surpresa: 3 gols de
diferença para a equipe da Odontologia. Na contagem de todo mundo da equipe de
RI essa diferença era de apenas 01 gol.
O
jogo prosseguiu e faltando por volta de 3 minutos, mais uma confusão da
arbitragem. Em um contra-ataque de RI, a bola foi jogada para a lateral pelo
goleiro da Odontologia, e a árbitra assinalou posse de bola para a própria
Odontologia. O outro árbitro corrigiu e devolveu a posse para RI. Nesse
momento, o treinador da Odonto pediu Tempo Técnico, que só pode ser concedido
quando o seu time tem a posse de bola. A mesa, no entanto, permitiu a
realização do Tempo, sendo que a posse de bola era de RI. Esse fato gerou
grande revolta em nossa equipe, já que demonstrava que os oficiais do jogo
ignoravam a regra, ou simplesmente estavam desatentos ao que acontecia em
quadra, o que não deixa de ser gravíssimo.
Durante
a pequena discussão que tomou conta da quadra no momento desse grave equívoco
da arbitragem, foi perguntado à mesa, novamente, o placar do jogo. De acordo
com nossa contagem extraoficial, RI estava ganhando por 1 gol; no entanto, para
surpresa de todos, o mesário respondeu que simplesmente havia perdido a conta do placar. O responsável
por simplesmente controlar o cronômetro e a contagem de gols falhou espantosamente
em seu trabalho. O próprio árbitro da partida, nesse momento, nos falou em tom
bem-humorado que também achava que RI estava ganhando, mas que “a gente [arbitragem]
acaba se perdendo mesmo”. Voltamos mesmo assim para o jogo, que se encerrou com
vitória, segundo a súmula, da Odontologia pela diferença de 01 gol.
Ao
receber a súmula e refazer as contas, notamos que a mesa deixou de marcar 01
gol do atleta Rafael Almeida, que marcou 03, mas só teve 02 gols contabilizados,
o que no mínimo empataria a partida. Mas mesmo assim, segundo a contagem que
fizemos, a vantagem ao final do jogo seria de RI.
Não
estamos reivindicando nossa vitória, afinal, afirmar isso com base em uma
contagem própria seria tão confiável quanto a outra equipe também dizer que venceu.
No entanto, a AAAGR vem, por meio dessa carta, apresentar toda a sua
indignação, e em especial a revolta do time de Handebol Masculino em relação à
arbitragem e à mesa da partida em questão. O fato do mesário perder a contagem
é simplesmente inaceitável, especialmente tendo em vista que a Atlética paga
uma refiliação anual à LAAUSP, bem como a inscrição da equipe no campeonato,
contando com que esse dinheiro seja utilizado para uma organização eficaz e
contratação de profissionais qualificados para atuar em suas partidas.
Para
uma equipe pequena, em processo de reformulação, não existe a chance de jogar
muitos jogos oficiais em torneios da USP. O trabalho de todo um semestre dedicado
ao torneio para que, ao chegar no último jogo, aconteça tal demonstração de
incapacidade da arbitragem faz com que o time se sinta profundamente frustrado
e decepcionado com a organização do torneio, que não foi de graça.
Dessa forma, questionamos se era do conhecimento da LAAUSP o fato do placar eletrônico não estar funcionando e, se sim, por que não viabilizou um placar de mesa para a partida? Além disso, esperamos verdadeiramente que a LAAUSP repense a forma como escolhe seus profissionais que atuarão em seus torneios, pois se eles não possuem credibilidade, isso reflete negativamente na imagem da organização. Aguardamos também que erros como esse não voltem a se repetir, pelo bem de todas as equipes que se empenham em seus treinos, pagam para participar de suas competições e levam o esporte a sério.
*Essa mensagem será enviada também à LAAUSP
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