quinta-feira, 31 de outubro de 2013

RI na UNISINOS

Todo fim de ano acontece, no sul do Brasil, um campeonato do qual participam diversas equipes universitárias de quase todos os esportes. A diferença é que esse não é apenas mais um "Inter". É um campeonato de alto nível e muito disputado, contando inclusive com equipes de fora do país. É a Copa Unisinos, e para disputá-la, a LAAUSP convoca seus melhores atletas em cada modalidade para formar uma equipe unificada de toda a Universidade (sim, essa que possui mais ou menos 90 mil alunos, tornando a concorrência por um espaço na Seleção bem tranquila).

Se ano passado o Handebol Feminino já contou com presença RIana em quadra, dessa vez não só marcamos presença novamente nessa seleção com a Dani Cremasco (T11), como também tivemos um representante no inóspito Rugby Masculino, o Rodrigo Góes (T11)! Isso mesmo, não temos nem mesmo uma equipe de Rugby, mas temos atleta na Seleção. Atlética grande é isso aí mesmo.

Dani Cremasco com a Seleção de Hand Feminino
O que acontece é que o Góes, por ser apaixonado pelo esporte, treina junto com a equipe da FFLCH, a qual inclusive merece nosso agradecimento por abrir suas portas a atletas de fora e dar a oportunidade para quem não tem a chance de representar as cores de seu próprio curso, fazer parte da equipe dessa outra faculdade, a qual vai muito bem, obrigado, disputando grandes campeonatos e obtendo bons resultados. Além do Góes, o Vinícius Conte (T12) também participa dos treinos, portanto, se existem mais interessados em treinar ou aprender o esporte, conversem com um dos dois!

Enquanto RI não tem seu próprio time de Rugby, o Digão vai explorando esse território não muito conhecido pelo nosso curso, e conquistando resultados significativos. Ele se sagrou nada mais nada menos do que vice-campeão da Copa Unisinos, ficando atrás apenas de uma equipe Uruguaia. Parabéns Góes! Já a nossa craquíssima Dani Cremasco mais uma vez embarcou rumo aos pampas para fazer parte da equipe USP. Lá, conquistou pelo segundo ano consecutivo o terceiro lugar da Copa! Parabéns Dani! 

Goes com a seleção USP de Rugby Masculino
É sempre com muito orgulho que damos essas boas notícias, pois atesta tanto que a organização de times de RI está sendo bem feita, a ponto de possibilitar que nossas atletas possam produzir bem individualmente, alcançando postos mais disputados, como uma vaga na seleção; como também mostra que, mesmo quando ainda não temos estrutura suficiente para contemplar todas as demandas existentes no curso (como é o caso do Rugby), nossos atletas não deixam de seguir o que gostam, deixando claro como o esporte é parte importante de suas rotinas. A Atlética tem sempre, como objetivo final, possibilitar que seus estudantes pratiquem o esporte de forma saudável. Não é sempre que conseguímos ajudar por completo, mas incentivamos antes de mais nada essa prática.

Portanto, parabenizamos novamente a Dani e o Góes, agradecendo por representar nosso curso em outros torneios e por mostrar como o esporte é sim parte importante de nossa formação pessoal.

VAI RI!!
IMAGINA NO JOPRI!!

domingo, 20 de outubro de 2013

O XI JOPRI vem aí!

Lon.go - adjetivo - 1. Tempo de espera vivido pelos estudantes de Relações Internacionais entre um JOPRI  e outro.

Se essa fosse a definição presente nos dicionários de verdade, não seria nenhuma surpresa. Pelo contrário, o termo estaria muito bem descrito. Parece que foi em outra vida que o JOPRI de 2012 aconteceu, quando invadimos Lindóia - a terra do saudoso deputado Elcio Godoy - em busca do Tetracampeonato Geral da competição, o qual já vem escapando entre nossos dedos há alguns anos.

Não foi o ano de reconquistar esse título, mas isso não é problema. Foi apenas um aviso para nossas equipes chegarem, agora em 2013, ainda mais preparadas e ajustadas. Foi um longuíssimo ano de espera e trabalho, disputando várias competições de alto nível que nos desse rodagem de quadra, experiência com derrotas e vitórias, e elevasse nosso nível técnico, tático e de vontade.

E tudo isso com certeza não foi em vão. Nossas equipes nunca passaram por uma fase tão boa. Vitórias de RI em campeonatos da USP não são mais coisa rara de acontecer, e nossa camisa agora é respeitada por várias equipes que costumavam considerar confrontos contra a AAAGR uma garantia de pontuação. A verdade é que motivação é o que não falta, nem para as e os atletas, e muito menos para a torcida, que agora poderá chegar na arquibancada e se misturar a uma bateria formada pelos seus colegas de sala. A Bateria S/A, nossa parceira de tantos títulos, esse ano dará lugar à Ba.Je.Lo após uma curta (porém intensa) temporada de ensaios, todos eles auxiliados pelos sempre brothers ritmistas da FEA.

Uma das partidas épicas de 2012 e de toda a história do JOPRI: final do vôlei feminino - USP 2 X 1 puc
Todo esse cenário foi cuidadosamente montado ao longo do ano para ser coroado com esse Tetra em Tatuí. Para isso, precisamos do maior apoio possível. Não é mistério nenhum que, se você nunca foi a um JOPRI, basta perguntar pra qualquer veterano que já passou pelo melhor feriado da vida universitária para começar a contar as horas esperando o busão partir pro Inter. É uma vibe totalmente diferente de qualquer coisa, 4 dias nos quais você esquece qualquer problema que não seja: 1) saber quando e onde será o próximo jogo de RI; 2) saber quando e onde venceremos mais uma vez a puc; 3) garantir um restinho de voz para conseguir gritar CHUPA puc após essa vitória; e 4, mas não menos importante) descobrir onde está sendo servido o open breja. Soma-se a isso a chance de conhecer uma galera, tanto de fora quanto da própria USP, que você não conversaria em condições normais de temperatura e pressão, e pronto, está montado o plano de fundo perfeito para o feriado do dia 15/11.

O XI JOPRI só acontecerá uma vez na vida, e o Tetra também. Você vai querer perder esse momento histórico? Como sabemos que a resposta é não, nós da AAAGR fazemos de tudo para garantir o melhor preço para que a alegria não doa no bolso jamais. Por isso, definimos o seguinte KIT XI JOPRI com a USP:

✓ Alojamento
✓ Cervejada de recepção (open)
✓ Duas baladas (totalmente open)
✓ Open cerveja o dia inteiro nos ginásios
✓ Caneca JOPRI 2013
✓ Talabarte especial da USP para o JOPRI
✓ Bata JOPRI 2013

Tudo isso por apenas:

- R$200,00 até 20/10 (ou seja, até as 23h59 de HOJE)
- R$210,00 até dia 05/11
- R$220,00 até dia 14/11, quando os ônibus sairão rumo a Tatuí

Para garantir seu Kit, basta:

✓ Passar na sala da AAAGR e falar com alguém da gestão (plantões de venda todo dia no entre-aulas, das 17h30 às 19h30)
✓ Depositar o valor correspondente à semana que você está pagando na conta da Atlética (dados no fim do post), enviando comprovante de depósito para atleticariusp@gmail.com.

Portanto, se você não conhece o JOPRI, é impensável que vai passar mais um ano em branco, e perderá uma das melhores experiências da vida na universidade (lembrando que JOPRI como bixo, é só uma chance na vida). Se você sabe o que são esses jogos, não precisamos nem falar nada, só corre pra comprar antes que o preço continue subindo.


Qualquer dúvida, mande e-mail ou mensagem no facebook para a AAAGR!

OOO TODO PODEROSO JEGÃO!
P no A!
#USPcontraTodos

* Informações para depósito:
Banco do Brasil
Ag: 2801-0
C/c: 77851-6
Variação Poupança: 51
Gabriela Fiore Bonício (na hora da confirmação pode aparecer Fernanda Rebelato, tudo bem)
CPF:  403.156.558-52
atleticariusp@gmail.com

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O que as Atléticas têm a ver com a democracia na USP?

A questão dos espaços públicos na universidade

Com as recentes mobilizações dos estudantes da Escola de Educação Física e Esportes da USP, ficou claro que a falta de democracia na universidade afeta a todas e todos nas mais diversas dimensões da vida cotidiana - do direito de voto a reitor às práticas esportivas. No caso  da EEFEUSP, um dos eixos mobilizadores foi a questão do direito aos espaços públicos. A Associação Atlética Acadêmica Guimarães Rosa é formada por estudantes e, antes de tudo, cidadãos, que fazem uso desses espaços e prezam para que esse uso se desenvolva de uma maneira responsável e consciente. É por esta razão que, embora não seja uma entidade política por natureza, a AAAGR vem se manifestar a respeito da democracia na USP e na utilização dos espaços públicos.

No último dia 12 de Outubro, sábado, um dos nossos atletas foi impedido de ingressar no Centro de Práticas Esportivas (CEPEUSP) por conta de um evento privado: o “Mundo Kids”. Segundo informações do evento, “A corrida é patrocinada pela marca Adidas, que terá uma loja com produtos no local, e conta com o apoio de Biotônico Fontoura e Merthiolate”. Para participar do evento, era necessário a compra de um Kit de 79 Reais, dando direito de participação a uma criança e dois acompanhantes. A entrada no CEPE nesse sábado era exclusivamente para portadores de convite. (http://diamundokids.com.br/2013/?cat=45).



É de conhecimento de todos que eventos como esse não são casos isolados: alugar espaços da USP para corridas corporativas ou patrocinadas por multinacionais do ramo esportivo - muitas vezes restringindo o acesso da própria comunidade USP - é uma prática recorrente da gestão da universidade. Nesse sentido, diversas outras questões aparentemente pontuais podem ser levantadas. Um exemplo é o fato da Raia Olímpica, um dos únicos espaços em São Paulo para a prática de remo, ceder espaço físico sob condições que desconhecemos para a sede náutica de três ricos clubes (Club Athletico Paulistano, Sport Club Corinthians Paulista e Esporte Clube Pinheiros); mas ao mesmo tempo cobrar R$ 200,00 por semestre para que adultos externos à comunidade USP possam frequentá-la. Todas essas pequenas pautas somam-se a uma questão muito maior.

Apoiamos iniciativas esportivas de qualquer natureza, sejam elas provenientes de meios públicos ou privados, e achamos que o CEPE, um espaço público que conta com uma ótima estrutura física esportiva, deva ser palco para atividades voltadas também para a sociedade; é possível que isso ocorra sem que o funcionamento habitual seja prejudicado e haja conciliação entre seu propósito principal (promoção do esporte entre a comunidade universitária) com outros projetos que incluam outros setores da sociedade. 

Porém o que temos visto é o frequente uso privado da estrutura esportiva universitária, com a cobrança de altas taxas de ingresso, e poucas atividades gratuitas e abertas, indo contra o caráter público de uma universidade financiada e mantida pelo dinheiro dos contribuintes provenientes de todas as camadas sociais. O cidadão que não estuda e nem trabalha na USP, paga a manutenção da Raia Olímpica, mas, a não ser que pague uma alta quantia, ou que seja sócio de um dos clubes supracitados, jamais poderá remar nela. A criança que quiser correr nas recém-reformadas pistas de alto padrão do CEPE, só poderá fazê-lo se pagar R$79,00. Não é de se espantar que isso aconteça em uma universidade que se diz pública, mas é cercada de muros, controlada por catracas, hermética e anti-democrática. 

Nunca é demais lembrar que a USP possui programas de apoio ao esporte olímpico, e algumas de suas estruturas esportivas foram construídas para eventos internacionais, como o Pan-Americano de São Paulo em 1963. Mas, ao mesmo tempo, sua política de inclusão através do esporte vai na contramão desse cenário, visto que o potencial de formação de novos atletas (sejam de alto nível ou não) e de acesso da população ao esporte é extremamente subaproveitado em nossa universidade.

A AAAGR defende a importância da prática esportiva no desenvolvimento pessoal e coletivo, sendo esse um dos motivos de sua existência. Justamente por isso, acredita que um complexo como o CEPEUSP, mantido por dinheiro público, não deve ser restrito apenas à comunidade USP e àqueles que podem pagar por eventos particulares, mas sim, servir a sociedade. Acreditamos ser de extrema importância que as entidades atléticas se questionem a respeito dessas pautas, que, indiscutivelmente, estão inseridas no debate sobre uma real democratização da Universidade de São Paulo. Nossa atuação fundamental se dá na área esportiva, mas isso não exclui o fato de que todos os tipos de entidades são afetadas pelos problemas que existem na nossa universidade, por isso é fundamental que o debate se dissemine também no âmbito das Atléticas.

Gestão Jegue Mate

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Secando o mar do tubarão

O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão

A canção Sobradinho, um clássico da música brasileira, foi a grande inspiração da festa que surgiu ano passado organizada pelas Atléticas de RI e da Química. Dois cursos que não tem quase nada a ver, tirando o fato de que só tem gente daora. E esse fato foi exatamente o que conectou as duas instituições pra criar um rolê conjunto, que juntasse essas duas massas de estudantes - nem tão grandes assim - em torno de uma ou duas paixões em comum: a bebida e, por que não, a música?

O sertão se transforma em uma verdadeira estrada para o corajoso Jegue, representante oficial da AAAGR, que atravessa esse grande e seco bioma de ponta a ponta sempre que necessário, transportando as mais pesadas cargas em suas cangaias. Não por acaso, o IRI acabou se transformando, ao menos durante uma noite do primeiro semestre de 2012, o sertão USPiano, habitat natural de Severino, o jegue de RI. Foi quando o Tubarão desceu a Lineu Prestes, contornou a rotatória, entrou na Luciano Gualberto e virou ali na rua da ECA pra, depois de se enfiar numas quebradas que se a gente tentar explicar o caminho com certeza vai ser pior, encontrou o deserto. Vendo isso, trouxe seu mar de bebidas - em especial o Gerson's Ice, famoso por aquelas bandas - para salvar a seca das Travessas 4 e 5 (sim, esse é o endereço do IRI).

Tudo isso ao som de uma mistura musical meio louca, que começava com forró, passava pelo pop e terminava no rock, pra depois eventualmente retornar ao forró quando o sol estivesse pra nascer. Logicamente, como tudo na USP que não faz muito sentido, essa experiência deu certo. O sertão foi alagado por bebida e pessoas, e foi tão bom que em 2013 teve sua segunda edição em um formato ainda maior.

Agora, se aproximando o fim do ano, é o mar que vai virar sertão. Dessa vez o jegue sobe as ladeiras da USP até a Vivência da Química, aquele espaço embaixo do bandejão, pra secar o mar de cerveja e destilados até só sobrar cactos e galhos retorcidos. Vamos secar toda a bebida pra renovar os estoques pra 2014, novamente com banda ao vivo tocando música boa.

Se aqueles versos do início do post nos inspiraram para a criação dessa festa dividida em 2 partes igualmente sensacionais, no fim das contas nós estamos aqui para transformar a tristeza em alegria, e o mar só vai virar sertão pra depois poder virar mar de novo, e assim sucessivamente. Jegue e Tubarão, uma parceria improvável, mas que deu certo! Ah, e claro, a festa é de graça, só aparecer e curtir!