terça-feira, 15 de outubro de 2013

Secando o mar do tubarão

O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão

A canção Sobradinho, um clássico da música brasileira, foi a grande inspiração da festa que surgiu ano passado organizada pelas Atléticas de RI e da Química. Dois cursos que não tem quase nada a ver, tirando o fato de que só tem gente daora. E esse fato foi exatamente o que conectou as duas instituições pra criar um rolê conjunto, que juntasse essas duas massas de estudantes - nem tão grandes assim - em torno de uma ou duas paixões em comum: a bebida e, por que não, a música?

O sertão se transforma em uma verdadeira estrada para o corajoso Jegue, representante oficial da AAAGR, que atravessa esse grande e seco bioma de ponta a ponta sempre que necessário, transportando as mais pesadas cargas em suas cangaias. Não por acaso, o IRI acabou se transformando, ao menos durante uma noite do primeiro semestre de 2012, o sertão USPiano, habitat natural de Severino, o jegue de RI. Foi quando o Tubarão desceu a Lineu Prestes, contornou a rotatória, entrou na Luciano Gualberto e virou ali na rua da ECA pra, depois de se enfiar numas quebradas que se a gente tentar explicar o caminho com certeza vai ser pior, encontrou o deserto. Vendo isso, trouxe seu mar de bebidas - em especial o Gerson's Ice, famoso por aquelas bandas - para salvar a seca das Travessas 4 e 5 (sim, esse é o endereço do IRI).

Tudo isso ao som de uma mistura musical meio louca, que começava com forró, passava pelo pop e terminava no rock, pra depois eventualmente retornar ao forró quando o sol estivesse pra nascer. Logicamente, como tudo na USP que não faz muito sentido, essa experiência deu certo. O sertão foi alagado por bebida e pessoas, e foi tão bom que em 2013 teve sua segunda edição em um formato ainda maior.

Agora, se aproximando o fim do ano, é o mar que vai virar sertão. Dessa vez o jegue sobe as ladeiras da USP até a Vivência da Química, aquele espaço embaixo do bandejão, pra secar o mar de cerveja e destilados até só sobrar cactos e galhos retorcidos. Vamos secar toda a bebida pra renovar os estoques pra 2014, novamente com banda ao vivo tocando música boa.

Se aqueles versos do início do post nos inspiraram para a criação dessa festa dividida em 2 partes igualmente sensacionais, no fim das contas nós estamos aqui para transformar a tristeza em alegria, e o mar só vai virar sertão pra depois poder virar mar de novo, e assim sucessivamente. Jegue e Tubarão, uma parceria improvável, mas que deu certo! Ah, e claro, a festa é de graça, só aparecer e curtir!

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