domingo, 24 de novembro de 2013

A USP no XI JOPRI

Passada uma semana do fim do JOPRI 2013, a décima primeira edição dos Jogos Paulistas de Relações Internacionais, que aconteceram na simpática e baladeira cidade de Tatuí, chega o momento de ser feito um balanço de nossa participação na competição, a qual não deixa de ser um reflexo de como o esporte vem sendo conduzido em RI na USP.

A delegação da USP contou com aproximadamente 165 pessoas, entre atletas, torcedores, treinadores, amantes de um bom open cerveja ou tudo isso junto. Comparando com 2012, ano que marcou nossa volta às quadras RIanas, houve uma ligeira queda nesse número - o que pode ser explicado, entre outras coisas mas sobretudo, pela ausência da Bateria S/A, que nos prestigiou ano passado mas que em 2013 foi conquistar o Economíadas com sua faculdade de origem, a FEA-USP (ficam, inclusive, os parabéns da AAAGR à AAA Visconde de Cairu por esse importante título). 

Nós da AAAGR agradecemos a todo mundo que fez parte desse feriado inesquecível, de muita competição, vitórias, integração e festa. Se durante os últimos meses tanto foi falado sobre como a T12 era ausente dos rolês, é porque nós vemos esse tipo de evento também como parte essencial da vida na Univesidade, a qual não pode se limitar apenas à sala de aula, mas também deve ter seu componente de formação política e, por que não, um pouco de festas e viagens, os melhores lugares para se conhecer pessoas e trabalhar nesse network que será tão importante dentro de alguns anos; por isso, a encheção de saco não era por chatice de veterano, mas porque nós queremos que todos se permitam ter essa experiência. Além disso, o esporte é inegavelmente uma prática indispensável, e o JOPRI representa o momento mais importante para as e os atletas de RI; na hora de entrar em quadra, olhar para a arquibancada lotada com seus amigos e colegas é emocionante, e por isso mesmo quem não pratica nenhuma atividade tem sua presença extremamente valorizada. Com isso, um parabéns especial à T12 que não somente foi em peso à Tatuí como também representa uma das turmas com o maior número de atletas dos últimos anos, dando um gás novo para diversas de nossas equipes e sendo essencial às nossas conquistas.


Esportes Coletivos

Mantendo a regra dos últimos anos, a USP provou sua superioridade inquestionável e inabalável nos esportes coletivos. Em 8 modalidades, foram nada mais nada menos que 5 títulos. Destaque para a hegemonia feminina: 100% de aproveitamento e 4 troféus novinhos na nossa estante. Isso mostra como as equipes se preparam bem ao longo do ano, e valoriza o fato das e dos RIanos se doarem ao máximo pelas equipes, seja treinando na chuva, seja abrindo mão de outros eventos para bater ponto no CEPE, seja acordando cedo de fim de semana para jogar Copa USP, etc.

Participar das competições da USP também são um ponto fundamental nesse cenário. O nível esportivo de nossa universidade é muito alto, o que estabelece um parâmetro de competitividade às nossas equipes muito acima do encontrado no JOPRI. Por isso, a AAAGR sempre incentivou e continuará tendo como prioridade incentivar e apoiar de todas as formas que estiverem ao nosso alcance a participação de nossos times nos torneios da USP.

Em termos de pontuação geral, nota-se que se tomarmos apenas os coletivos, ainda assim ficamos atrás da puc, que conquistou apenas 2 títulos, mas esteve em sete finais. Seja pelo chaveamento ter sido mais amigo dos ursos ou pelo fato deles de fato terem tido competência para chegar lá (ou ambos), não importa. As questões postas para serem discutidas tanto aqui quanto na CO é o peso de ser campeão (não deveria garantir uma pontuação ainda maior?) e a NOSSA capacidade de conseguir um maior equilíbrio nas campanhas de todas as equipes, não apenas sendo campeão mas evitando também ser eliminado precocemente.

Basquete Feminino

Confirmando o favoritismo e repetindo o título do ano passado, as meninas do basquete venceram a puc na final e conquistaram o troféu. Destaque novamente para Magic Joice que liderou a equipe tanto antes do torneio, buscando viabilizar treinos e a formação de um time, quanto dentro de quadra em Tatuí. Devemos valorizar também todas as meninas da equipe, que mesmo com dificuldades para se formarem enquanto time, mostraram garra e união para atravessar essa barreira e sair de quadra vencedoras.

Laura (T10), Talita (T10), Youko (T11), Conforto (T10), Dani Cremasco (T11);
Joice (T10), Paty (T10) e Carol Cavanha (T8); Rodrigo Faria (CT)

Basquete Masculino

Se existe uma certeza na vida é que o Basquete Masculino da USP será campeão do JOPRI. Nas últimas nove participações, nove títulos. Esse ano ainda mais tranquilo, sem ser ameaçado em momento algum, o time composto por alguns atletas mais rodados e outros recém-chegados alcançou um nível difícil de ser superado por qualquer faculdade que joga esse Inter. E em 2014 estaremos lá assistindo mais um show do, por ora, eneacampeão!

Mancebo (T11), Zé (T11), Romão (T12), Tiago (T7), Perin (T10), Samuel (T12);
Fábio (T9), Capi (T8), Marquiori (T7), Ney (T12) e Guilé (T6)

Futsal Feminino

A mais recente equipe vencedora da USP, o futsal feminino surpreendeu a quase todos com sua raça, aplicação tática e habilidade. Só não surpreendeu quem acompanhou essa equipe no último ano e viu a formação de um grupo de meninas amigas e extremamente dedicadas em torno de um objetivo em comum: o título do JOPRI, que ficou engasgado ano passado após perdermos para a puc na semifinal. Esse ano, pegamos as nossas antigas carrascas logo no nosso primeiro jogo, novamente na semifinal (passamos de fase direto pelo fato de outra faculdade ter desistido de participar). Elas vinham embaladas do jogo de sexta-feira, mas as meninas do futsal foram com tudo pra cima e com gols de Mari Buoro e o golzinho salvador da Dani Berini, vencemos a puc por 2x1 e avançamos à final. O pior já tinha passado, e no domingo apenas liquidamos a fatura despachando a FAAP com goleada. Orgulho dessa equipe!

Nathalia Venancio (CT); Barbara Fernandes (T10), Dani Berini (T11), Bruna Huszar (T8), Mari Buoro (T9), Tofu (T11);
Gabi Fiore (T11), Gabi Beira (T11), Rebeca Bittar (T12), Rafa Henriques (T10)

Futsal Masculino

Uma equipe quase que totalmente reformulada, repleta de bixos, intercambistas dedicados e com uma nova postura chegou em Tatuí com sede de transformar o quadro negativo dos últimos anos. E foi exatamente isso que se viu na primeira rodada contra a UNAERP, que simplesmente não foi vista em quadra contra o FutAsal da USP e saiu de quadra com um sonoro 15x2 (se nossas contas estiverem certas). Para tirar a zica. No dia seguinte, encaramos o mesmo rival de 2012 e, após um início de jogo muito bom - no qual saímos na frente -, não conseguimos manter o ritmo e saímos de quadra com a derrota. Não importa. O que ficou do JOPRI foi um horizonte totalmente diferente do que se via no fim do JOPRI passado e até mesmo do meio desse ano. Se antes a existência da equipe era vista como improvável, hoje temos certeza de que não apenas estamos mais vivos do que nunca como também estamos em uma visível crescente, e se a pegada continuar no próximo ano, dificilmente sairemos de quadra derrotados no ano da Copa.

Lucas Furim (CT); Raimundo (T11), Schatz (T11), Andrei (T10), Edu (Intercambista - Colômbia), Conte (T12), Finardi (T12), Jonas (T12), José (Intercambista - Paraguay), Hideo (T11);
Funchal (T10), Murillo (T11), Macão (T7), Filipe (Intercambista - Alemanha), B.O. (T10), Pato (T12), João (T10), Gérman (Intercambista - Colômbia)

Handebol Feminino

Também não tem muito o que dizer sobre as meninas do handebol. Mais uma vez passearam em quadra, não conheceram nenhuma equipe que chegasse perto de ameaçá-las e despacharam 3 faculdades para conquistar mais um título - enredo muito semelhante ao do ano passado. O destaque dessa vez foi o fato da equipe também estar vivendo a chegada de várias novas atletas que não deixam a desejar nem por um segundo e conseguem manter o nível da única equipe RIana na Série Azul da Copa USP. Um título tão certo quanto o do Basquete Masculino. VAI CAPITÃO PLANETA!

Camila Gumiero (T12), Nara (T9), Jé Vaitanan (T12), Vivian Bassani (T12), Vic (T11), Bruna (T11), Tanja (T8), Carol Cavanha (T8);
Diana (T12), Vanessinha (T7), Kraft (T6), Ale (T12), Clarice (T11), Dani Cremasco (T11)

Handebol Masculino

Depois de passear em quadra contra a Anhembi Morumbi, fizeram contra a Facamp uma das partidas mais emocionantes do JOPRI 2013. Após um início de jogo apático, no qual a equipe adversária abriu vantagem no placar, o time da USP acordou no fim do primeiro tempo e passou a imprimir o seu jogo, chegando à metade da etapa final tendo virado o placar e colocando a Facamp na roda. Contudo, não conseguimos abrir vantagem no marcador, e o jogo ficou muito igual, cada hora com uma equipe na frente. A facamp assumiu a liderança faltando 3 minutos para o fim do jogo, e apesar de muito esforço, a USP não conseguiu fazer mais gols que fossem validados pela arbitragem confusa e que não sabia lidar com o cronômetro. Mais uma vez ficamos por 1 gol da final. Contudo, o ponto positivo fica por conta do fato de que, nesse ano, tivemos uma equipe que marcou o início de um novo ciclo: nenhum dos atletas era formado, diferentemente do ano passado. Portanto, o JOPRI 2013 foi, para o handebol masculino, o fim de um ano de reformulação e aprendizado, e agora inicia-se um novo momento, de crescimento e vitórias.

Equipe composta por: Nick (T10), Tércio (T9), Gorfo (T11), Perin (T10), B.O. (T10), James (T9), Ney (T12), Moda (T12), Hugo (T10) e Fábio (T9); Campineiro (CT)

Voleibol Feminino

Elas gostam com emoção. Se em 2012 protagonizaram o jogo mais emocionante do ano na final contra a puc, no JOPRI 2013 não foi diferente. O placar de 2 sets a 0 faz parecer que o jogo foi conduzido com tranquilidade, mas não foi bem assim o tempo inteiro. O primeiro set, de fato, foi vencido com bastante facilidade pela equipe que manteve a base do ano anterior e apenas desenvolveu ainda mais capacidade ao longo desse ano. Contudo, o segundo set foi digno de virar um filme. As pucanas abriram quase 10 pontos no placar, no momento em que ficaram a 3 pontos de vencer o set; foi aí que entrou a maturidade da equipe e a ajuda providencial da Ba.Je.Lo.: a puc passou a errar passes simples, atordoadas pela pressão que a Bateria debutante fazia cada vez que uma delas pegava na bola. As nossas jogadoras aproveitaram o momento de instabilidade emocional das adversárias, fizeram o simples, sacaram com competência, defenderam muito bem como sempre e viraram o placar mais improvável, saindo de quadra com a vitória e o título. De novo!

Flavinha (T9), Amira (T11), Lígia (T10), Helô (T10), Amanda (T11), Bia (T9), Isadora Caiuby (T10),
Isadora Moura (T10), Dúnia (T8), Guísela (T10), Jé Vaitanan (T12), Jú César (T12) e Carol Larpin (Intercambista - Sciences Po); Plínio (CT)

Voleibol Masculino

Outro time que teve uma evolução incrível em apenas um ano. Se em 2012 fomos batidos pela FAAP em um jogo extremamente apagado, esse ano enfrentemos a principal favorita ao título, Facamp, logo no primeiro jogo. Após um jogo extremamente disputado e emocionante, saímos derrotados pelo placar de 2 sets a 1, o que representou a 5ª colocação na competição, visto que a Facamp de fato confirmou a tendência e se sagrou campeã de 2013 sem ter tido que enfrentar nenhum outro adversário do mesmo nível. Perder ou ganhar, alí, era do jogo, uma necessidade imposta pela regra. Fizemos um jogo de igual pra igual, e mostramos que essa equipe não é mais aquele monte de cara inseguro, mas sim um time com capacidade, garra e força. Se evoluímos tanto em uma temporada, o ano de 2014 promete vitórias e reconhecimento de um trabalho muito bonito que está sendo feito no vôlei.

Ian (CT); Caio Mader (T10), Tamae (T10), Alexis (Intercambista - França), Martin (T11), Samuel (T12), Yuri (T8) e Samuel (Intercambista - França); Flores (T8), Andrei (T10) e Chuveiro (T10);
Rafa [Exú] (T8), Doug (T10), Funchal (T10), Roger (T10), Kevin (T11) e Hideo (T11)


Esportes Individuais

Um dos principais objetivos da Gestão Jegue Mate foi promover e desenvolver o esporte individual em RI. A tarefa se mostrou mais complicada do que parece. Enquanto nas modalidades coletivas a gestão da Atlética apoia quando necessário, mas existe sempre uma autogestão das equipes, o mesmo não ocorre com os esportes individuais. A mobilização por parte dos atletas se torna muito mais fraca, os treinos não acontecem com tanta regularidade e comprometimento e, como reflexo, temos que mais uma vez esse ponto foi o responsável por não conquistarmos o título geral do JOPRI. 

A Natação foi o único esporte que, ao longo do ano, teve um mínimo de articulação visando os jogos, mas mesmo assim, partiu sempre de um número muito limitado de pessoas (quando não vinha apenas da nossa nadadora oficial: Vic). Com esse cenário, ficamos dependentes de talentos individuais que surjam por conta própria e se disponham a representar a USP no JOPRI.

Esse texto é, portanto, um mea culpa da Gestão, que admite não ter feito o esporte individual se desenvolver da forma que pretendíamos. Ao mesmo tempo, é um agradecimento a todos os atletas que se dispuseram a treinar antes do JOPRI por conta própria, e que assumiram a responsabilidade de representar as cores de jegão em Tatuí.

Muitos deles conseguiram belíssimos resultados, como é o caso da Vic (campeã em uma prova da natação), do Raimundo (vice-campeão do Xadrez), do Ney (vice-campeão no Tênis de Mesa) e da Kaori (terceiro lugar no Tênis de Mesa). Parabéns também a todos os outros atletas que jogaram pela USP nos outros esportes individuais, mas que infelizmente não conseguiram avançar em suas chaves. Se ano passado saímos com a constatação de que era necessário desenvolver esse ponto da AAAGR, em 2013 saímos com a certeza de que, se quisermos trazer definitivamente esse Tetra em 2014, vamos ter que nos dedicar O ANO INTEIRO também nos individuais.


Conclusão

Para finalizar, não podemos deixar passar em branco a atuação incrível da Bateria do Jegue Louco e da Torcida do Jegão Tarado. Ba.Je.Lo. e To.Je.Ta. representaram como sempre as cores da USP, fizeram barulho nas arquibancadas, deixaram todas as outras faculdades inaudíveis nos ginásios, coloriram com faixas, bandeiras e camisetas a cidade inteira e ajudaram nossas equipes a chegar mais longe. Um dos motivos do JOPRI ser tão especial é a união que surge todo fim de ano entre todos os RIanos e todas as RIanas em torno de nossas equipes e de nosso curso. Se criticamos tanto RI da USP ao longo do ano, em novembro nós esquecemos os pontos negativos e aproveitamos a melhor coisa que esse curso nos deu: as amizades. A To.Je.Ta. e a Ba.Je.Lo. são a materialização dessa união, e nossos cantos são verdadeiras odes aos atletas e à nossa camisa.

Provamos mais uma vez ser a faculdade mais estruturada esportivamente do JOPRI. Detalhes têm nos impedido de conquistar o título de Campeão Geral, mas uma hora ou outra ele vem (muito provavelmente, se continuarmos nessa pegada, ano que vem). Os atletas mais comprometidos, a melhor torcida e a melhor bateria a gente já tem.

E só a título de curiosidade: a puc não venceu a USP em NENHUMA partida de esportes coletivos, apesar de ter nos enfrentado 5 vezes. CHUPA puc!

Élcio, com certeza, esta orgulhoso disso tudo. 


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